Etnia e Sangue: Relação entre preconceito racial e anemia falciforme: Um breve panorama fisiológico e histórico-cultural.

Conteúdo do artigo principal

Alice Eduarda Valadares Pereira
Aislander Junio da Silva

Resumo

A anemia falciforme é uma condição genética que provoca a deformação das células vermelhas do sangue, sendo mais comum em populações africanas e afrodescendentes. Essa prevalência cria disparidades no acesso a cuidados de saúde adequados e tratamentos eficazes. Este artigo oferece uma visão abrangente da doença, abordando sua epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas e tratamentos disponíveis. Além disso, destaca a carga social associada, onde os pacientes enfrentam preconceito e discriminação devido à falta de compreensão sobre a natureza da anemia falciforme.


É crucial reconhecer o estigma em torno dessa condição, pois pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, prejudicando seu bem-estar emocional, físico e social. O desconhecimento das características da doença contribui para a marginalização desses indivíduos. Para lidar com esses desafios, é enfatizada a importância da implementação de programas de educação pública e pesquisa contínua.


Além de abordar as questões médicas, é fundamental considerar a dimensão étnica, reconhecendo as complexidades associadas à anemia falciforme. A promoção de uma compreensão mais ampla da doença pode contribuir para a mitigação do preconceito e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas. Nesse contexto, a implementação de iniciativas voltadas para a sensibilização e a pesquisa emerge como uma estratégia essencial para enfrentar os desafios inerentes à anemia falciforme e suas ramificações sociais, visando um impacto positivo na vida daqueles que convivem com essa condição.


Palavras-chave: Anemia falciforme. Preconceito. Conscientização. Etnia. Educação em saúde. 

Detalhes do artigo

Como Citar
Valadares Pereira, A. E., & Junio da Silva, A. (2025). Etnia e Sangue: Relação entre preconceito racial e anemia falciforme: Um breve panorama fisiológico e histórico-cultural. Revista Brasileira De Ciências Biomédicas, 6(1), E01003025–1. https://doi.org/10.46675/rbcbm.v6i1.103
Seção
Artigos em fluxo contínuo
Biografia do Autor

Alice Eduarda Valadares Pereira, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Brasil.

Acadêmica do Curso de Graduação em Biomedicina da  Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Brasil.

Aislander Junio da Silva, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Brasil

Professor do Curso de Biomedicina. Mestre em Análises Clínica e Toxicológicas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Brasil

Referências

Cavalcanti JM, Maio MC. Entre negros e miscigenados: a anemia e o traço falciforme no Brasil nas décadas de 1930 e 1940. Hist Cienc Saude Manguinhos. 2011;18(2):377-406.

Moraes KCM, Galioti JB. A doença falciforme: um estudo genético-populacional a partir de doadores de sangue em São José dos Campos, São Paulo, Brasil. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010.

Machado A, Lourenço G, Hammes T, Parisi M. Anemia falciforme: aspectos clínicos e epidemiológicos. In: XXIII Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão; 2018.

Manfredini V, Castro S, Wagner S, Benfato MS. A fisiopatologia da anemia falciforme. Infarma. 2007;19(1/2).

Naoum PC, Bonini-Domingos CR. Dificuldades no diagnóstico laboratorial das hemoglobinopatias. Rev Bras Hematol Hemoter. 2007;29(2):126-31.

Do Nascimento MI, Przibilski ALF, Coelho CSG, Leite KFA, Makenze M, De Jesus SB. Mortalidade atribuída à doença falciforme em crianças e adolescentes no Brasil, 2000-2019. Rev Saude Publica. 2022;56.

Almeida RA, Beretta ALRZ. Anemia falciforme e abordagem laboratorial: uma breve revisão de literatura. Rev Bras Anal Clin. 2016-2017.

Ferreira R, Gouvêa CMCP. Recentes avanços no tratamento da anemia falciforme. Rev Med Minas Gerais. 2018.

Figueiró AVM, Ribeiro RLR. Vivência do preconceito racial e de classe na doença falciforme. Saude Soc. 2017;26(1):88-99.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)