Comparação entre as vacinas mundialmente utilizadas para Neisseria meningitidis B: uma visão crítica

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Giovanna Santos Oliveira
Ana Flávia Segati
Amanda Izeli Portilho
Elizabeth De Gaspari

Resumo

A Neisseria meningitidis é um patógeno que causa grande impacto na saúde pública. O sorogrupo B representa um desafio em relação ao desenvolvimento de vacinas devido à similaridade estrutural de seu polissacarídeo capsular com o ácido polisiálico presente no tecido cerebral humano, que além de apresentar baixa imunogenicidade, pode causar efeitos adversos. Avanços tecnológicos possibilitaram  desenvolvimento das vacinas recombinantes Bexsero e Trumenba contra o meningococo B para induzir uma resposta imune segura. Este estudo teve como objetivo comparar as vacinas Bexsero e Trumenba e especular sobre o impacto de sua introdução no calendário vacinal do Brasil. Consistiu em uma revisão de literatura utilizando artigos coletados de base de dados publicados entre os anos de 1985 a 2023. Após a comparação foi demonstrado que a vacina Bexsero contêm múltiplos antígenos (proteínas recombinantes e antígenos de membrana externa), tendo uma grande abrangência de faixa etária e eficácia em crianças e adolescentes, enquanto a Trumenba utiliza duas variantes de fHbp, sendo indicada para jovens adultos e aplicada em surtos universitários. Após as análises no Reino Unido e sua inclusão em seu programa nacional de imunização, a vacina Bexsero surge como uma alternativa adequada para a inclusão no Programa Nacional de Imunização do Brasil (PNI) por apresentar cobertura mais ampla e melhor eficácia, reduzindo a incidência da doença meningocócica invasiva e suas complicações.


 

Detalhes do artigo

Como Citar
Santos Oliveira, G., Segati, A. F., Izeli Portilho, A., & De Gaspari, E. (2024). Comparação entre as vacinas mundialmente utilizadas para Neisseria meningitidis B: uma visão crítica . Revista Brasileira De Ciências Biomédicas, 5(1), E0962024 – 1. https://doi.org/10.46675/rbcbm.v5i1.96
Seção
Artigos em fluxo contínuo
Biografia do Autor

Giovanna Santos Oliveira, Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil / Secretaria da Saúde, Especialização em Vigilãncia Laboratorial em Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil

Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil / Secretaria da Saúde, Especialização em Vigilãncia Laboratorial em Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil

Ana Flávia Segati, Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil/ Universidade de São Paulo, Programa de Pós-graduação Interunidades em Biotecnologia, São Paulo, SP, Brasil

Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil / Secretaria da Saúde, Especialização em Vigilãncia Laboratorial em Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil

Amanda Izeli Portilho, Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil/ Universidade de São Paulo, Programa de Pós-graduação Interunidades em Biotecnologia, São Paulo, SP, Brasil

Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil / Secretaria da Saúde, Especialização em Vigilãncia Laboratorial em Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil

Elizabeth De Gaspari, Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil / Secretaria da Saúde, Especialização em Vigilãncia Laboratorial em Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil

Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP, Brasil / Secretaria da Saúde, Especialização em Vigilãncia Laboratorial em Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil

Dados de financiamento